segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Tem horas que precisamos de uma opinião masculina. Queremos bons ouvidos. Boas caras de tacho...

Meninas e meninos! Boa noite!!! Perdi o sono e resolvi terminar um texto que estava na gaveta. Depois de bastante tempo sem colocar nada no papel acho q estou um pouco enferrujada! Escrevendo esse textinho lembrei de quando dei um jeito no pescoço no colégio... Estudava no ENSF e estava na quinta série. Era a goleira do time!kkkkk e não deu certo... fiquei 15 dias com um "edredon" no pescoço. Muito estranho... mas isso não vem ao caso. O que eu lembro nesse dia, que eu sentada na varanda do colégio (chorando) esperando meus pais chegarem para me levar ao ortopedista, um amigo meu ficou do meu lado o tempo todo. Quetinho. Não disse nada. Talvez ele nem lembre mais dessa cena. Mas como foi marcante pra mim. Não disse uma palavra. Só fez cia.
E talvez, tenha hora que precisamos recorrer aos nossos amigos homens! Tem horas que precisamos de uma opinião - ouvido - masculino.


Papo de homem

Tem horas que precisamos de uma opinião masculina.
Uma opinião sem flores, castelos e princesas.
Uma opinião sem tons os pasteis e as musicas da Disney de fundo.
Ou, simplesmente, precisamos de uma não opinião.
Às vezes queremos apenas um ouvido atento e uma boca fechada.
As amigas são as melhores conselheiras.
Não discordo nem duvido.
Mas tem dias que a gente não quer ouvir nada.
Queremos bons ouvidos.
Boas caras de tacho.
Confesso que nos sentimos tentadas a ligar para o "fala que eu te escuto".
Ou simplesmente, queremos que nossos amigos homens vomitem na nossa cara verdades da cabeça de meninos.
Que traduzam ações e reações.
Que não julguem.
Talvez que não falem nada.
E está aí uma diferença.
As meninas não, por mais conselheira, amiga, confidente que seja vai ter a incrivel capacidade, talvez inconscientemente, de relembrar de todos os conselhos amorosos que você ja deu.
Na ordem e na íntegra.
E simplesmente, devolvê-los.
Simplesmente, todos!
Porque algum dia você quis ajudar e sem querer atrapalhou.
Algum dia Ela queria ombro e ouvido e você foi boca.
Algum dia ela não queria que julgassem.
Algum dia ela só queria chorar.
Às vezes complicamos muito.
Às vezes simplificamos tudo.
Como sempre sobrevivemos às lamúrias da vida emagrecendo dois ou três quilos e ficando mais gostosas.
Achamos que todas as outras mortais deveriam se comportar da mesma forma.
Como ja passamos por trancos e barrancos, enchentes e demolições amorosas acreditamos que todas as outras barbies devam ser as mesmas desbravadoras, alpinistas, geógrafas, engenheiras ambientais e arqueólogas que nós fomos um dia.
Às vezes esquecemos que quando nos apaixonamos ficamos burras.
Tolas.
Ficamos lesadamente idiotas.
E talvez o mundo é que esteja errado.
Talvez o resto da humanidade precise de um psicólogo. Ou terapia de grupo que seja.
Talvez pai e mãe que precisem trocar os óculos escuros.
Talvez ele valha a pena.
Não vamos descobrir se não tentar.
Talvez ele seja legal.
Talvez aquela pontinha de "Comigo ele é diferente" tome conta do enredo.
Afinal.
Se ele não fosse legal comigo.
Se ele não fosse diferente comigo.
Porque eu estaria alí?
Imovel.
Inerte?
Às vezes julgamos mal.
Às vezes julgamos errado.
Talvez julguemos demais.
Julguemos muito.
Talvez, precisamos exercitar mais ouvidos e ombros e ser menos boca.
Talvez.
Talvez se todo mundo parar de falar que não vai dar certo.
Ela desista.
Ele desita.
Talvez ela desista da teimosia.
Talvez ele desista da hipocrisia.
Talvez ambos desistam da farça que se tornou a vida.
Desistam de fingir que existem num recionamento.
Desistam de achar que esse relacionamento não é destrutivo.
Desistam dos sonhos.
Desistam dos planos.
Desistam de achar que ele era legal, diferente, amável e fiel.
Talvez com o passar dos momentos e dos acontecimentos percebamos que somente nós estávamos vendo a roupa nova do rei.
Mas talvez isso leve tempo.

^^

Um comentário: